O próximo presidente da Câmara de Lisboa vai herdar de Carmona Rodrigues 49 assessores avençados com contratos no valor de mais de 1,3 milhões de euros. Com a devida vénia ao
Correio da ManhãDe um total de 59 assessores do Gabinete de Apoio à Presidência (GAP), 49 só terminam o contrato mais de cinco meses após as eleições. O que significa que o executivo camarário eleito a 15 de Julho terá de manter a equipa do ex-autarca ou pagar o restante valor dos contratos anuais.De acordo com um documento a que o CM teve acesso, datado de 11 de Maio de 2007, só o gabinete de apoio à presidência de Carmona Rodrigues conta com um total de 59 assessores com contratos no valor de mais de 1,7 milhões de euros. A maioria destes assessores viu os contratos renovados no início do ano terminam em Dezembro. Nesta situação estão 47 assessores, entre os quais o assessor de Carmona Rodrigues para a comunicação social, João Reis, que tem um contrato anual no valor de 43 380 euros. Por mês, João Reis recebe assim cerca de 3600 euros em bruto. Um valor superior ao vencimento de um vereador que ronda os 2500 euros mensais (depois de impostos).Mas o contrato mais valioso pertence a Rui Costa Lima: 52 717 euros. Cerca de 4300 euros por mês. Já Inês Jordão só termina o contrato, no valor de 28 mil euros, a 31 de Março do próximo ano. Enquanto Maria Weinholtz (28 617 euros) termina em Novembro de 2007. Assim, no total são 49 os assessores contratados por Carmona Rodrigues que irão trabalhar directamente com o novo presidente da Câmara. Tanto António Costa (PS), como Fernando Negrão (PSD) ou Helena Roseta (independente) já defenderam o duro corte no número de assessores da Câmara, mas para o fazerem terão de pagar o restante valor dos contratos. Do total dos 59 assessores do gabinete da presidência, número ao qual acresce ainda a vasta lista dos assessores dos gabinetes dos vereadores, seis terminam contrato na altura das eleições intercalares ou logo após. É o caso de Francisco Mota Ferreira, que foi também assessor do vereador do PSD Amaral Lopes, e que termina o contrato, no valor de 25 791 euros, a 30 de Junho deste ano, juntamente com mais três assessores. Já Marta Botelho (3183 euros) acaba o contrato a 31 de Agosto de 2007.A maioria dos assessores (39), segundo o documento, foi contratado através de uma consulta prévia, ou seja, após uma entrevista. Mas 17 foram contratados por ajuste directo. Os contratos variam entre os 52 mil e os três mil euros. VICKY ATÉ AO FINAL DO ANOFigura bem conhecida do jet set nacional, Vitória Maria Fernandes, conhecida como Vicky Fernandes, é uma das assessoras do executivo camarário de Lisboa. Contratada para relações públicas da autarquia de Lisboa e responsável pela organização de festas, Vicky aufere um rendimento mensal de 3025 euros, de acordo com o seu contrato iniciado em Janeiro deste ano. O vínculo à autarquia, segundo constatou o CM, termina a 31 de Dezembro deste ano. Ao todo, Vicky Fernandes auferirá 36 mil euros ilíquidos pelo contrato.A responsável de relações públicas tem a seu cargo missões co-mo as marchas populares e as noivas de Santo António (padroeiro da cidade), duas iniciativas que são o cartão de visita da autarquia nesta época do ano.PROPAGANDA: CARTAZES DOS CANDIDATOS JÁ ESTÃO A INVADIR LISBOAOs partidos políticos e os candidatos independentes às eleições para a Câmara Municipal de Lisboa já começaram a colocar os primeiros cartazes de propaganda política na cidade. Mas desta vez a quantidade de cartazes deve ser menor do que é habitual por razões estritamente financeiras: o Estado não atribui subvenções porque as eleições são só para o executivo camarário e não para a Assembleia Municipal.SAIBA MAIS25 milhões de euros é a verba gasta em vencimentos para os cerca de 200 assessores ao serviço da maior autarquia do País.11 mil é o número de funcionários da Câmara Municipal de Lisboa. Em termos comparativos, por exemplo, a Comissão Europeia tem 25 mil funcionários a tratar de dossiês de 27 Estados-membros.832 milhões de euros é o montante da dívida da Câmara Municipal de Lisboa a fornecedores, apurado o primeiro trimestre de 2007, na execução financeira.INVESTIGAÇÃOA PJ está a investigar a contratação de assessores para a Câmara de Lisboa. Em causa estão suspeitas de eventuais ilegalidades na contratação, abuso de poder e falsificação de documentos.PROCESSOSA autarquia é alvo de 12 inquéritos na PJ, como o caso Bragaparques e o pagamento de prémios aos administradores da EPUL. Foram constituídos arguidos Carmona Rodrigues, Gabriela Seara e Fontão de Carvalho.SÁ FERNANDESO gabinete do vereador do BE conta com nove assessores técnicos, uma secretária e um coordenador, que auferem salários entre os 1530 euros e os 2500 euros. No total, o gabinete de Sá Fernandes custa 20 880 euros por mês.
De Carlos Loff a 7 de Abril de 2011 às 13:40
As avenças podem ser canceladas com 60 dias de aviso prévio, tb lá estive avençado 10 anos e nao como acessor, mas como escravo
De citoyen a 31 de Maio de 2007 às 13:34
Se calhar há mais que una o sá-fernandes e o monteiro do que o que os separa nesta luta pela credibilização de Lisboa
De a.pacheco a 31 de Maio de 2007 às 13:30
Como o amigo não aprende eu repiso..
Um desafio, os GABINETES de Maria José Nogueira Pinto e de Sá Fernandes, eram os mais pequenos na Camara agora dissolvida,
No entanto todos reconhecem que foram os que mais trabalharam , significativo....
Por isso se se quiser informar, veja quantos acessores e sobretudo quais os gastos que cada vereador despendeu na Camara.
O Expresso publicou uma lista de todos aqueles (NOVE) que exerceram funções executivas, com nomes e respectivos vencimentos.
O CM, publicou se bem que com grandes falhas uma lista de alguns gabinetes e respectivos gastos, não é dificil para quem realmente se preocupa com Lisboa, e não está de má fé, tentar informar-se com exactidão, sobre aquilo que acabo de dizer....
Veremos....
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