Segunda-feira, 30 de Julho de 2007
ALEGORIA - MANUEL COUTO VIANA
Fruto tão maduro Que me apodreceu.Foi-se a colheita do futuro:Podeis aproveitar, aves do céu!Pomar de luto.Venha outro Outono p'ra me consolar;Outro frutoQue mate a minha fome e sede de cantar.E não mais espantalhos a susterA gula natural dos meus sentidos:Seja, enfim, livre p'ra morder,Ainda verde, o que nascerDestes ramos despidos!Manuel Couto Viana