Sexta-feira, 31 de Agosto de 2007
EM MATÉRIA DE TERRORISMO, PCP DÁ LUTA AO BLOCO DE ESQUERDA
Para não ficar atrás do apoio dado pelo Bloco a actividades terroristas, o PCP voltou este ano a convidar para a Festa do Avante o Partido Comunista da Colômbia, e por consequência as FARC, organização terrorista que é o braço armado desse partido:Espaço Internacional

tags:

publicado por João Carvalho Fernandes às 14:30
link do post | comentar | favorito

10 comentários:
De Filho Pródigo a 2 de Outubro de 2009 às 16:45
A critica é um exercício que exige coragem e conhecimento, para além de uma formação cívica que nos confira autoridade.
Tudo o que possamos fazer ou dizer para ajudar a formar consciências, é uma mais-valia para a democracia, porque dá a oportunidade ao cidadão anónimo de exercitar o seu intelecto e ao mesmo tempo de ser avaliado por quem o observa.
Nimguém deve sentir mêdo ou vergonha de agir de acordo com a sua consciência, quando a intenção é contribuir para uma discussão que se pretende constante e ininterrupta, sem submissão a um calendàrio de conveniências.
Se bem que estar atento ao que se passa à nossa volta nos tira o sono e nos custa a perseguição quando denunciamos as manobras dos oportunistas, não devemos abandonar a luta, pese embora algumas vezes termos de nos fazer de mortos, para salvaguardarmos a nossa sobrevivência.


De João a 5 de Setembro de 2007 às 21:57
Assassinatos e terror
Tribunal na Colômbia examina o papel das companhias petrolíferas
por Deirdre Griswold [*]
O mais notável na situação política colombiana não apenas o alto nível de violência patrocinada pelo governo contra as organizações populares e os seus líderes e sim o alto nível de valor e resistência que emana de um povo que se recusa a ser abatido ou intimidade, ainda que os assassinos mascarados cheguem pela calada da noite.

Este valor e esta resistência forma expostos em Bogotá nos dias 3 e 4 de Agosto, quando uma sessão especial do Tribunal Permanente dos Povos ouviu testemunhos acerca do papel desempenhado pelas companhias petrolíferas europeias e estado-unidenses nas campanhas de terror contra os activistas sociais na Colômbia.

Umas 800 pessoas, de Bogotá e de muitas áreas rurais, congregaram-se num auditório cedido pelo Sindicato dos Professores, onde se ouviram dolorosos testemunhos de parentes e amigos de activistas jovens e velhos que foram assassinados por falar sobre as condições nas suas comunidades.

Alguns das testemunhas tentaram conter seu pranto enquanto relatavam como homens armados entravam à noite em busca dos seus maridos, filhos e irmãos, cujos corpos sem vida eram encontrados a seguir, muito frequentemente mostrando horríveis sinais de tortura.

Por diversas vezes as testemunhas descreveram como o exército colombiano e a polícia local davam rédea solta aos "paras", alguns dos quais trabalham como guardas de segurança para as grandes companhias petrolíferas – a Occidental, a British Petroleum e a Repsol. E assinalaram directamente o governo do presidente Álvaro Uribe Vélez, que actualmente está a tentar desviar a ira popular pela reorganização do comando militar, muitos de cujos membros estiveram directamente implicados nos crimes juntamente com os paramilitares e os narcotraficantes.

Três auto-carros cheios de habitantes de Arauca compareceram ao tribunal. Arauca é uma região a nordeste, muito risca em petróleo, fronteiriça à Venezuela, onde a violência foi particularmente feroz.

A cara de Alirio Martínez, um camponês de Arauca que foi assassinado há três anos, sorria para o público de um gigantesco cartaz colocado sobre o estrado. Por trás dele viam-se outros camponeses segurando cartazes que diziam: "Arauca Vive", e "Continuamos a construir caminhos de liberdade".

Num momento no programa, um grupo de meninas e meninos de Arauca, que estiveram pacientemente à espera durante todo o dia, teve a oportunidade de dançar com precisão e graça exuberante frente ao cartaz.

A energia destes jovens mostrou que a campanha de terror contra a população local não conseguiu quebrar o seu espírito. Mesmo aquelas testemunhas que choraram quando fizeram os seus depoimentos acabavam bradando palavras-de-ordem de luta e optimismo.

O assassinato de Alirio Martínez

A execução de Alirio Martínez por soldados do governo na manhã de 5 de Agosto de 2004 foi só mais um dos horríveis crimes trazidos perante o tribunal, mas ilustra a base real do conflito sangrento na Colômbia, o qual perdura já por várias décadas.

Segundo a evidência apresentada ao tribunal, Martínez, presidente da Asociación de Usuarios Campesinos de Arauca (ADUC), havia passado a noite na casa de um amigo no caminho de Caño Seco, no povoado de Saravena, a seguir a uma reunião com líderes de grupos civis que avaliavam a situação regional quanto aos direitos humanos e sociais.

Também estiveram presentes à reunião o presidente da Asociación Nacional de Trabajadores de Hospitales y Clínicas (ANTHOC), Jorge Prieto Chapucero; Leonel Goyeneche Goyeneche e María Raquel Castro, ambos membros da Asociación de Maestros de Arauca e da Central Unida de Trabajadores (CUT); e Samuel Morales Flórez, presidente da CUT em Arauca.

Cerca das cinco da manhã, tropas pertencentes ao grupo Revéis Pizarro, assinalados na Brigada 18 do Exército Nacional, entraram na casa ou teve lugar a reunião, cercando-a por completo.

Cerca de meia hora depois, vários soldados foram à casa de Jorge Prieto, onde dormia Alirio Martínez. Os soldados obrigaram-no, bem como a Goyeneche, a ajoelhar-se num lado da casa e lhes dispararam até matar. A seguir arrastaram seus corpos para longe da casa, colocaram perto umas armas pequenas e disparam alguns tiros para dar a impressão de que havia ocorrido uma luta.

A seguir levaram os corpos pelas ruas para que todos os vissem, puseram-no num helicóptero e levaram-nos aos quartéis do batalhão. Também prenderam Samuel Morales, Raquel Castro e María Constanza Jaimes, levando-os também no helicóptero.

Esta atrocidade é conhecida como o Massacre de Caño Seco.

O governo apresentou-a como uma operação com êxito contra os insurgentes armados do Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Forças Armas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Samuel Morales, Raques Castro e outros líderes cívicos na região foram sentenciados a seis anos de prisão pelo crime de "rebelião", o qual também foi a desculpa dada para o massacre.

Raquel Castro conseguiu liberdade antecipada e foi directamente ao tribunal, onde testemunhou ter ouvido os disparos que mataram os seus amigos e soldados a perguntarem: "onde estão as armas?".

"Não havia nenhuma" afirmou Raquel Castro. Acrescentou que quando o helicóptero aterrou no quartel ela viu soldados estado-unidenses – "gringos" – com os colombianos.

"Tudo isto foi feito para suprimir a luta pelos direitos humanos das organizações cívicas, camponesas, operárias", acrescentou esta valente professora.

Numa parede ao lado do auditório, lia-se numa bandeira: "A verdade e a justiça honrarão a memória das nossas vítimas".


Oxy, BP e Repsol
Empresas petrolíferas por trás da violência na Colômbia
Em Abril do ano passado, o Tribunal Permanente dos Povos começou uma série de investigações sobre o papel das corporações transnacionais nas violações dos direitos humanos na Colômbia.

As três primeiras audiências, levadas a cabo em três cidades da Colômbia, focaram: 1) como o agrobusiness de propriedade estrangeira afectam os camponeses e os povos indígenas; 2) o papel desempenhado pelas empresas mineiras; e 3) o impacto do desenvolvimento controlado pelas transnacionais sobre a biodiversidade e o meio ambiente.

Em 3 e 4 de Agosto deste ano o tribunal reuniu-se mais uma vez, desta vez em Bogotá, e ouviu testemunhos sobre o regime de terror nessas zonas da Colômbia onde empresas petrolíferas gigantescas fizeram grandes investimento e estão sugando lucros ainda maiores do "ouro negro" que jaz no subsolo.

Como explicámos antes, dezenas de pessoas enfrentaram o grande risco de descrever em pormenor numa audiência no Sindicato dos Professores, como seus seres queridos e seus camaradas foram arrastados na noite e executados por nenhum outro crime senão o de haverem actuado como líderes e activistas de organizações civis, de sindicatos de camponeses, de cooperativas rurais e de associações do povo indígena.

Uma acusação pungente

Quando terminou, o juízes e co-juízes publicaram uma acusação pungente ao governo e à instituição castrense, às empresas petrolíferas a cujos interesses servem e ao governo dos Estados Unidos por permitir que continuem estes crimes com impunidade.

O Tribunal Permanente dos Povos tem sede em Roma e existe desde 1979. Os juízes que presidiram nesta sessão foram o professor de direito Dalmo de Abreu Dallari, do Brasil, membro da Comissão Internacional de Juristo; Marcelo Ferreira, professor de direitos humanos da Universidade de Buenos Aires; e Antonio Pigrau Solé, professor de direito público internacional da Universidade de Tarragona, da Catalunha, no Estado espanhol.

Foram ajudados por cinco co-juízes: Natividad Almárcegui, professor no sindicato da Confederación General de Trabajadores (CGT) da Espanha; Domingo Ankwash, presidente da Confederación de Nacionalidades de la Amazonía de Indígenas Ecuatorianas (CONFENAIE); Deirdre Griswold, membro do primeiro Tribunal Internacional sobre Crimes de Guerra em 1967, que representou o Centro de Acção Internacional dos Estados Unidos; Ralf Haussler-Ebert, teólogo luterano da Alemanha; e Ivonne Yáñez, ecologista equatoriana, e coordenadora na América do Sul do grupo Oilwatch.

Esta série de audiências analisou o papel desempenhado pela Occidental Petroleum dos EUA, pela British Petroleum e pela espanhola Repsol. Depois de ouvir dezenas de testemunhas presenciais de crimes patrocinados pelo Estado e de peritos em direitos humanos, e de haver recebido por escrito um volumoso relatório de investigações sobre a conduta destas empresas, os membros do tribunal, emitiram no fim uma opinião pormenorizada mas preliminar. A opinião final, baseada nas quatro sessões do tribunal, estará disponível no fim deste ano.

Os juízes estiveram de acordo em que as três companhias estão a seguir uma política semelhante na Colômbia, a qual é de "saqueio dos recursos naturais e de violência sistemática contra a população. Isto envolveu a destruição do tecido social, assassinatos e perseguições contra líderes populares, assim como violações dos direitos humanos da maioria e a destruição de grupos indígenas".

O documento resumiu os testemunhos que foram apresentados:

"Segundo as acusações, os abusos destas empresas, que têm como intenção exercer controle sobre a população e evitar qualquer resistência às suas actividades, utilizaram uma combinação de estratégias, dentre elas pressões sobre o Estado para que execute políticas que as beneficiem, como por exemplo minimizar a regulamentação por parte do Estado, flexibilidade nos contratos, privatização de companhias de energia, concessão de vantagens financeiras e a entrega de mais reservas de petróleo e de gás. Além disso, está a militarização da vida social, aprofundada pela aplicação do Plano Colômbia e o apoio directo dado pela empresas petrolíferas às forças armadas, legais e ilegais, e a promoção da corrupção".

O Plano Colômbia é o acordo entre Washington e Bogotá que despejou milhares de milhões de dólares nas Forças Armadas da Colômbia, tudo em nome da "guerra contra as drogas". Vastas zonas rurais foram "fumigadas", ou seja, borrifadas com produtos químicos tóxicos, um método que não distingue entre plantações de coca e milharais de uma família.

O tribunal viu um documento comovedor sobre os efeitos dessas "fumigações", que deixa as pessoas com ferimentos e lesões em comunidades onde há poucos recursos médicos para curá-los ou tratar os possíveis efeitos nocivos a longo prazo.

Desde que principiaram os assassinatos e as fumigações, muitas famílias de camponeses colombianos empobrecidos, que se tornaram refugiados devido às políticas do seu próprio governo, fugiram para a Venezuela vizinha. Grande parte dos seus terrenos já foram convertidos para cultivos destinados à venda.

O tribunal determinou que o governo da Colômbia havia "criminalizado" o protesto social por meio de detenções arbitrárias e maciças sob a acusação de "rebelião". Ao mesmo tempo, sentenciou processar as autoridades responsáveis por crimes atrozes como o sequestro, a tortura e o assassinato.

Um dos que prestou testemunho, Gustavo Petro, é senador da oposição no Congresso da Colômbia. Ele descreveu as pessoas por trás dos assassinatos como "aqueles que se vestem de senador pela manhã, comerciam cocaína à tarde e dão ordens aos paramilitares à noite".

O tribunal concluiu que os paramilitares "puderam contar com o apoio ilimitado dos poderes económicos e políticos".

Papel especial dos EUA

Ao determinar a responsabilidade pelas violações generalizadas dos direitos humanos na Colômbia, o tribunal determinou que, além do Estado colombiano e das empresas petrolíferas, o governo dos EUA também desempenhou um papel muito especial, "defendendo seu suposto direito de intervir em qualquer país para preservar seus interesses de segurança, incluindo o acesso às fontes de petróleo, e tendo contribuído decisivamente por meio de planos concretos, recursos humanos, treinamento e financiamento para a militarização extrema que cerca a exploração do petróleo na Colômbia, tal como fez em outras partes do planeta, com consequências nefastas para a população civil".

Aparentemente não houve qualquer reportagem ou notícia do tribunal nos meios de comunicação social na Colômbia, apesar de a ele terem assistido jornalistas europeus e asiáticos (assim como esta repórter dos EUA). Contudo, isto não significa que o governo colombiano não estivesse a prestar atenção a este evento.

Em certo momento, enquanto o filho e a filha do líder dos trabalhadores petrolíferos Marco Chacón, de Barranquilla, testemunhavam como o seu pai fora assassinado, polícias em trajes civis irromperam à força no auditório e postaram-se na sal, enfrentando a audiência, ostentando metralhadoras AK-47. Após os protestos dos organizadores, acabaram por ir embora, dizendo que haviam vindo "porque o senador ia falar", algo que o senador não havia pedido.

Agora que o tribunal e as muito valente testemunhas fizeram o seu trabalho, cabe aos movimentos progressistas, especialmente dos trabalhadores que são cada vez mais explorados pelas transnacionais onde quer que estejam, levar a solidariedade internacional contra estas corporações monstruosas e os seus serviçais no Estado.
[*] Participou do tribunal como co-juíz. É editora chefe do jornal Workers World, dos EUA. Email: dgriswold@workers.org

O original encontra-se em http://www.workers.org/2007/world/colombia-0823/ e
http://www.workers.org/2007/world/colombia-0830/

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .


De João a 4 de Setembro de 2007 às 21:52
Sentiu-se?


De João Carvalho Fernandes a 4 de Setembro de 2007 às 21:29
Sugiro-lhe que vá viver para a Colômbia, se gosta tanto!


De João a 4 de Setembro de 2007 às 18:56
Já cá Faltava… O SILÊNCIO ENSURDECEDOR
Registe-se o SILÊNCIO ENSURDECEDOR da esmagadora maioria dos blogues defensores da democracia voluntariamente apanhados pelo fenómeno do “El Niño colombiano”.
1. Nem uma palavra sobre as dezenas de milhar de colombianos assassinados às mãos dos grupos para-militares de direita e de extrema-direita.
2. Nem uma palavra sobre os candidatos presidenciais assassinados de uma forma bárbara.
3. Nem uma palavra sobre os presidentes de câmara eleitos mortos.
4. Nem uma palavra sobre os autarcas eleitos assassinados.
5. Nem uma palavra sobre os dirigentes sindicais mortos.
6. Nem uma palavra sobre os sindicalistas assassinados.
7. Nem uma palavra sobre os dirigentes camponeses mortos.
8. Nem uma palavra sobre os dirigentes de associações e movimentos de cidadãos assassinados.
9. Nem uma palavra sobre os activistas do Partido Comunista Colombiano, de outros partidos e movimentos de esquerda e democráticos mortos.
10. OBJECTIVAMENTE, e sublinho OBJECTIVAMENTE, estamos perante a concepção proto fascista de que «todo o comunista (ou democrata) morto é um bom comunista (ou democrata)».
11. Estamos todos mais esclarecidos…
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/42219.html


De f.limpo a 3 de Setembro de 2007 às 00:23
Contudo, George Bush é chefe de terroristas (de Estado) dos EUA, autor de guerras injustas, convidado pela UE, Durao e Socrates incluido, e nem por isso o estimável JC Fernandes se escandaliza. Convenhamos que há unilateralidade...


De João Carvalho Fernandes a 2 de Setembro de 2007 às 23:13
Não é o que disse Jerónimo de Sousa há um ano:

http://jn.sapo.pt/2006/09/07/ultimas/Elementos_das_FARC_estiveram_na_.html


De João a 2 de Setembro de 2007 às 21:23
1. Como é público e notório as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) não estiveram presentes na Festa do «Avante!» de 2006.
2. Nem vão estar na de 2007.
3. Quem foi convidado foi o Partido Comunista da Colômbia (PCC).
4. Alguém me explica como é que uma organização fundada em 1930 (o PCC) pode ser «o braço político» duma outra organização refundada em 1967 (FARC)?
5. Do ponto de vista de um determinado período histórico, quando muito, poder-se-ia dizer o contrário. Já que o PCC, nos anos 60 do século passado, destacou alguns dos seus quadros de direcção para dar conteúdo político às FARC.
6. A concepção de que o PCC é o «braço político» das FARC tem a sua origem nos serviços secretos americanos. Tal como o nome vietcong (guerrilheiro comunista) o teve durante a guerra do Vietname. O objectivo era descredibilizar os comunistas. No Vietname (onde os guerrilheiros não comunistas eram muito mais que os comunistas) o efeito foi o contrário. Na Colômbia também.
7. Em 1985 o PCC integrou a “União Patriótica” (UP), movimento político amplo e democrático ao qual pertenciam também as FARC (na altura num processo de cessação de hostilidades e de pacificação). Na UP participavam igualmente diferentes grupos políticos de esquerda. Contra a UP foi desencadeada una operação de extermínio por parte de grupos narcotraficantes, militares e paramilitares de direita e extrema-direita. Só para o PCC isto representou um saldo de cerca de 3.000 militantes assassinados. Para as forças democráticas da Colômbia significou candidatos presidenciais, presidentes de câmaras, autarcas, sindicalistas, dirigentes associativos assassinados aos milhares. De forma selectiva nuns casos. Indiscriminadamente noutros.
8. Nos últimos 10 anos (1997-2007) o total de assassinatos eleva-se a mais de 6 mil. São homens e mulheres, novos e velhos, com nome. Mas a comunicação social dominante cala-se, ou refere friamente os números. Não são mediáticos. Sobre isto os nossos bloguistas dizem nada. Desconhecimento? Indiferença? Ou, mais grave, estamos perante a concepção proto fascista de que «todo o comunista (ou democrata) morto é um bom comunista (ou democrata)»?
9. Neste ano de 2007 o PCC participa na Frente Social e Política (FSP) e como tal trabalha no seio do Pólo Democrático Alternativo (PDA)
10. O PDA elegeu 9 deputados em 166 e 11 senadores em 100. Destes 1 senador e 1 deputado são membros do PCC.
11. O candidato do PDA às últimas eleições presidenciais na Colômbia, Carlos Gaviria Díaz (na foto), foi o 2º mais votado com 22,04% dos votos.
12. O PCC edita desde 1957 o semanário «VOZ» por ocasião do seu 50º aniversário foi-lhe atribuído pelo parlamento colombiano a Medalha do Congresso. E recebeu as felicitações e os parabéns de entidades tão diversas como o embaixador da Argentina e a multinacional NESTLÉ. Será que também são apoiantes dos «criminosos e terroristas»?
13. A 29 de Agosto, véspera da chegada do "El Niño" a Portugal, o PDA emitiu o seguinte comunicado onde se pode ler: «El Polo ha divulgado por todos los medios a su alcance – y ahora lo reitera – que rechaza, sin equívocos, el uso de las armas para llegar al poder y materializar las hondas reformas que la sociedad colombiana necesita con urgencia. Ha elegido sin vacilaciones la apelación a la voluntad popular como la única forma que estima viable y legítima para lograrlas.». O texto integral está na página de entrada do sítio na Internet do PCC…
14. Esclarecimento final. Na Colômbia há várias organizações que se reclamam do marxismo-leninismo: o PCC, as FARC, um PCC clandestino criado pelas FARC, o PC da C (m-l), o PCC-M, o PPS.
15. Espero ter dado algum contributo para uma visão mais concreta e informada.
http://ocastendo.blogs.sapo.pt/39595.html


De João a 1 de Setembro de 2007 às 19:20
Une firme américaine accusée d'avoir
fait assassiner trois syndicalistes en Colombie
LE MONDE 12.07.07

Un procès sans précédent vient de s'ouvrir à Birmingham, en Alabama. Une entreprise américaine, la compagnie minière Drummond, qui exploite du charbon dans le nord-est de la Colombie, est accusée d'avoir financé l'assassinat de trois syndicalistes colombiens en mars 2001. L'affaire est suivie de près par les milieux économiques : pour la première fois, une entité américaine pourrait être poursuivie pour des faits commis en territoire étranger.

Après la sélection des jurés, lundi 9 juillet, le tribunal fédéral de Birmingham a entendu, mercredi, les avocats. Le défenseur de la compagnie, William Jeffress, a tenté de remettre les faits dans leur contexte. Les syndicalistes "ne méritaient pas de mourir, a-t-il dit, mais ce sont trois hommes parmi des milliers de syndicalistes assassinés en Colombie". L'avocat a jugé "incroyable" l'idée que Drummond aurait pu payer l'une des milices d'extrême droite pour assassiner les trois hommes. Quatre témoins affirment cependant que la compagnie a versé de l'argent et offert des voitures aux paramilitaires. "Les dirigeants syndicaux de La Loma se battaient pour obtenir de meilleures conditions de vie, a dit l'avocat de l'accusation, Herman Johnson : ils ne sont pas là aujourd'hui parce qu'ils ont été exécutés."
Le procès a été intenté en 2002 par une ONG de Washington, International Labour Rights Fund, et le syndicat des métallurgistes (United Steelworkers). Les associations ont invoqué une loi de 1793, peu utilisée, qui permet de poursuivre les citoyens américains devant les cours fédérales pour des faits commis à l'étranger. La compagnie de charbon Drummond est l'une des plus grandes du monde. Elle produit à ciel ouvert quelque 25 millions de tonnes de charbon chaque année.
Le 12 mars 2001, alors qu'ils revenaient du travail, les deux syndicalistes, Valmore Locarno et Victor Orcasita, ont été arrachés de l'autocar où ils se trouvaient avec les autres employés, par des hommes armés. L'embuscade a eu lieu près de la mine de La Loma. L'un des deux hommes a été immédiatement tué. Le second a été torturé avant d'être assassiné. Six mois plus tard, un autre responsable syndical, Gustavo Soler, qui était venu les remplacer, a à son tour été tué.

"ESCADRONS DE LA MORT"

Selon un rapport d'Amnesty International publié début juillet, la Colombie est le pays le plus dangereux du monde pour y exercer des activités syndicales : 90 % des assassinats de syndicalistes ont lieu en Colombie. Les tueurs sont généralement associés aux milices paramilitaires et aux "escadrons de la mort" formés dans les années 1980 pour aider les riches propriétaires terriens à se défendre contre les militants d'extrême gauche.
Outre Drummond, la Chiquita Brands est aussi concernée par la démarche des associations, mais elle a négocié un accord avec le ministère américain de la justice. L'entreprise aurait accepté, en mars, de payer 25 millions de dollars de dédommagements après avoir reconnu que sa filiale colombienne, Banadex, avait secrètement versé 1,7 million de dollars à des "escadrons de la mort" opérant dans les zones où elle possède des plantations bananières.
Corine Lesnes


De Moura Viva a 31 de Agosto de 2007 às 16:20
...e apostamos que não conhece o Moura Viva!


Comentar post

mais sobre mim
pesquisar
 
Outubro 2020
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
19
21
22
23
24

25
26
27
28
29
30
31


posts recentes

Testamento - Virgilio Piñ...

VISITA VIRTUAL AO TÚMULO ...

CHRIS GEOFFROY - A última...

BOLIVAR LUSÍADAS PROTAGON...

ANTÓNIO MEXIA - É SÓ COIN...

PROGRESSIVIDADE FISCAL

MENINAS E MENINOS DE OURO

CÂNTICO NEGRO - JOSÉ RÉGI...

ANTÓNIO COSTA, DEMITA-SE!

DESERTIFICAÇÃO...

Banner Publipt
arquivos

Outubro 2020

Maio 2020

Fevereiro 2019

Junho 2018

Abril 2018

Novembro 2017

Setembro 2017

Junho 2017

Abril 2017

Março 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Agosto 2015

Abril 2015

Março 2015

Janeiro 2015

Novembro 2014

Setembro 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Junho 2006

Maio 2006

Fevereiro 2006

Janeiro 2006

Dezembro 2005

Novembro 2005

Outubro 2005

Setembro 2005

Agosto 2005

Julho 2005

Junho 2005

Maio 2005

Abril 2005

Março 2005

Fevereiro 2005

Janeiro 2005

Dezembro 2004

Novembro 2004

Outubro 2004

Setembro 2004

Agosto 2004

Julho 2004

Junho 2004

Maio 2004

Abril 2004

Março 2004

Fevereiro 2004

Janeiro 2004

Dezembro 2003

Novembro 2003

Outubro 2003

Setembro 2003

Agosto 2003

Julho 2003

Junho 2003

Maio 2003

Abril 2003

Março 2003

tags

todas as tags

favoritos

Dos sítios que valem a pe...

Fazer um cruzeiro: yay ou...

Hoje vou contar-vos uma h...

Boa Noite e Bom Descanso

links
blogs SAPO
subscrever feeds
Em destaque no SAPO Blogs
pub