Quarta-feira, 29 de Outubro de 2008
GEBALIS (IX)
julho 10, 2007Monteiro contra o "cancro" das empresas municipaisCom a devida vénia ao ExpressoManuel Monteiro não poupa nos adjectivos quando fala de empresas municipais: cancro, erva daninha, senhores feudais, senhores absolutistas, escândalo, imoral. Hoje visou em particular a EPUL, Empresa Pública de Urbanização de Lisboa, mas enquanto falava desta, alargava as críticas a todo o universo de empresas da autarquia, cuja extinção é uma prioridade para o candidato do Partido da Nova Democracia (PND).À porta da sede da EPUL, acompanhado da sua mandatária e mais sete apoiantes, o presidente do PND apontou baterias a uma empresa que, acusa, contraria os princípios da actividade privada, faz concorrência desleal às restantes empresas e tem servido ao longo dos anos para colocação de amigos e completar salários de vereadores da Câmara Municipal de Lisboa, incluindo do presidente.Dado seis exemplos concretos de casos em que a EPUL terá, em sua opinião, beneficiado de privilégios injustificados, contornado a lei, defraudado as expectativas dos munícipes ou desviado o erário público, Monteiro deixou a acusação: Existem senhores feudais e estruturas feudais em Lisboa, partilhadas por quase todas as forças políticas com responsabilidades [na autarquia] nos últimos anos.O presidente do PND notou que, com a única excepção de José Sá Fernandes, todos os outros candidatos se calaram sobre as situações que levaram ao colapso da CML. É um escândalo, disse, que temas polémicos sobre a governação de Carmona Rodrigues antes das eleições deixaram de estar na agenda durante esta campanha. Temas que chegaram a ser alvo de investigação policial, ninguém toca nesta campanha. Um silêncio ensurdecedor das forças políticas principais, notou Monteiro.