Sábado, 29 de Janeiro de 2011
Opositor cubano Fariñas novamente libertado após três detenções em dois dias
Fariñas foi detido e libertado três vezes em 48 horas, as autoridades cubanas estarão a procurar evitar manifestações maiores.Com a devida vénia ao
PúblicoPrimeiro participou num protesto contra o despejo de uma mulher grávida e dois filhos e foi detido. Depois deslocou-se a um posto da polícia para se manifestar contra a detenção de outros opositores, voltou a ser preso. E o mesmo aconteceu quando foi com um grupo de cerca de 15 pessoas deixar flores junto à estátua do herói nacional José Martí. O opositor cubano Guillermo Fariñas foi detido três vezes. Uma dor no peito levou-o a ser hospitalizado mas já voltou para casa. As autoridades cubanas estarão a procurar evitar manifestações maiores e as detenções temporárias serão uma forma de dissuasão. Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, que é ilegal mas tolerada em Cuba, nos últimos dias houve pelo menos 70 detenções temporárias em Santa Clara, a cerca de 280 quilómetros de Havana, entre as quais a de Fariñas, que se tornou num símbolo da oposição ao regime de Raúl Castro. No ano passado esteve 135 dias em greve de fome para apelar à libertação de prisioneiros políticos doentes e foi galardoado com o Prémio Sakharov para a liberdade de expressão pelo Parlamento Europeu.A mãe de Fariñas, Alicia Hernandez, contou ao diário espanhol El Mundo que o filho já está em casa mas que, depois de ser libertado, passou algumas horas no Hospital de Santa Clara, o mesmo onde esteve internado vários meses após a prolongada greve de fome que iniciou em Fevereiro do ano passado. Sentiu uma forte dor no peito, falta de ar e febre, explicou Alicia Hernández. Fez radiografias ao tórax, um electrocardiograma e outros exames e acabou por ter alta. Deverá voltar a realizar novos exames na próxima semana.Pouco após a segunda detenção, que se prolongou por 16 horas, Fariñas disse à AFP que foi alertado por um alto responsável da polícia, que lhe disse que seria novamente detido se voltasse a manifestar-se. Ter-lhe-á respondido: bom, então será a terceira vez.Em 2010 Fariñas acabou por pôr fim à sua greve de fome quando, após a intervenção de responsáveis da Igreja Católica em Cuba, o Governo anunciou que iria libertar 52 presos políticos. Muitos desses prisioneiros, que pertencem ao grupo de 75 opositores detidos na Primavera Negra de 2003, já saíram da prisão e alguns estão hoje a viver em Espanha.A greve de fome de Fariñas começou também depois de outro opositor, Orlando Zapata Tamayo, ter morrido em Fevereiro do ano passado após mais de 80 dias em greve de fome, também para exigir a libertação dos prisioneiros políticos doentes.Em Dezembro, quando o Parlamento Europeu atribuiu a Fariñas o Prémio Sakharov, as autoridades cubanas não o autorizaram a viajar até Estrasburgo e a cerimónia acabou por decorrer com uma cadeira vazia no palco, coberta com a bandeira de Cuba.
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