Sexta-feira, 29 de Março de 2013
A verdade sobre a Lei 9/2007
Dado que o Partido Socialista mais uma vez foge às suas responsabilidades, tem muitos idiotas úteis a ajudar e conta com a habitual indigência da maioria dos jornalistas, convém relembrar este extracto do Diário da Assembleia da República de 12/1/2007, relativo à sessão da véspera, onde foi votada a Lei que agora permite a reintegração de Silva Carvalho:
Srs. Deputados, vamos proceder à votação final global do texto final, apresentado pela Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, relativo à proposta de lei n.º 83/X — Estabelece a orgânica do Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e revoga o Decreto-Lei n.º 225/85, de 4 de Junho, e o Decreto-Lei n.º 254/95, de 30 de Setembro.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PS, do PSD e do CDS-PP e votos contra do PCP, do BE e de Os Verdes.
E só mais um pormenor: O Governo da altura, era do Partido Socialista.
Quinta-feira, 28 de Março de 2013
SIMPLESMENTE BRILHANTE!
Brilhante a prestação televisiva de ontem do corrupto que levou o país para a bancarrota. Da forma como se defende, mentindo, omitindo e falseando os factos, vai acabar branqueado em muito pouco tempo! Reforcei as duas certezas que já tinha:
1. No dia em que o trafulha quiser o Seguro perde o lugar
2. O burro sábio povo português na primeira oportunidade elege-o para qualquer cargo de irresponsabilidade
Quarta-feira, 27 de Março de 2013
10º aniversário
O Fumaças faz hoje dez anos!
Dez anos de altos e baixos, como tudo na vida. Fases de muitos posts, fases com poucos...
A disponibilidade para escrever tem sido pouca ultimamente, mas tenho tentado publicar coisas com um mínimo de regularidade. Infelizmente tem sido impossível retomar o ritmo inicial como bem gostaria.
Um abraço para todos os que me têm acompanhado ao longo destes anos, mas em especial para o Paulo Querido que teve um papel importante na existência deste blog. E a saudade do Jorge, que noutra fase me incentivou a continuar.
Sem desprimor para todos os outros, repito aqui o meu antigo Quadro de Honra, que nunca mais foi actualizado:
100nada
A barbearia do senhor Luís
Água Lisa (6)
A Origem das Espécies
HERDEIRO DE AÉCIO
MAIS ACTUAL
Certamente!
O Insurgente
O JUMENTO
outsider
Rua da Judiaria
Sobre o tempo que passa
TOMAR PARTIDO
Terça-feira, 26 de Março de 2013
VIRIDIANA
Outro dia chamaram-me a atenção para uma edição da revista espanhola Hola, onde estava uma reportagem sobre a ida de um casal da sociedade madrilena ao restaurante Viridiana.
Foi motivo para reflexão, dado que lá jantei há uns dez anos atrás, tendo sido um dos primeiros posts deste blog: Viridiana
E voltei a escrever recentemente no meu blog em castelhano, "Epicurista": Restaurante Viridiana - Madrid
Mas voltando à reflexão que essa reportagem provocou, foi simplesmente a seguinte constatação: Há dez anos atrás e com um ordenado uns 15% abaixo do actual, eu era rico e podia volta e meia frequentar restaurantes destes. Actualmente e graças aos senhores de PS, PSD e CDS que nos últimos anos implementaram o socialismo em Portugal, o meu poder de compra caíu drásticamente e é-me impossivel ir a um restaurante destes!
Segunda-feira, 25 de Março de 2013
Artigo de Juan Torres López censurado pelo El País
Censura no El País....
"Es muy significativo que habitualmente se hable de “castigo” para referirse a las medidas que Merkel y sus ministros imponen a los países más afectados por la crisis.
Dicen a sus compatriotas que tienen que castigar nuestra irresponsabilidad para que nuestro despilfarro y nuestras deudas no los paguen ahora los alemanes. Pero el razonamiento es falso pues los irresponsables no han sido los pueblos a los que Merkel se empeña en castigar sino los bancos alemanes a quienes protege y los de otros países a los que prestaron, ellos sí con irresponsabilidad, para obtener ganancias multimillonarias.
Los grandes grupos económicos europeos consiguieron establecer un modelo de unión monetaria muy imperfecto y asimétrico que enseguida reprodujo y agrandó las desigualdades originales entre las economías que la integraban. Además, gracias a su enorme capacidad inversora y al gran poder de sus gobiernos las grandes compañías del norte lograron quedarse con gran cantidad de empresas e incluso sectores enteros de los países de la periferia, como España. Eso provocó grandes déficit comerciales en éstos últimos y superávit sobre todo en Alemania y en menor medida en otros países.
Paralelamente, las políticas de los sucesivos gobiernos alemanes concentraron aún más la renta en la cima de la pirámide social, lo que aumentó su ya alto nivel de ahorro. De 1998 a 2008 la riqueza del 10% más rico de Alemania pasó del 45% al 53% del total, la del 40% siguiente del 46% al 40% y la del 50% más pobre del 4% al 1%.
Esas circunstancias pusieron a disposición de los bancos alemanes ingentes cantidades de dinero. Pero en lugar de dedicarlo a mejorar el mercado interno alemán y la situación de los niveles de renta más bajos, lo usaron (unos 704.000 millones de euros hasta 2009, según el Banco Internacional de Pagos) para financiar la deuda de los bancos irlandeses, la burbuja inmobiliaria española, el endeudamiento de las empresas griegas o para especular, lo que hizo que la deuda privada en la periferia europea se disparase y que los bancos alemanes se cargaran de activos tóxicos (900.000 millones de euros en 2009).
Al estallar la crisis se resintieron gravemente pero consiguieron que su insolvencia, en lugar de manifestarse como el resultado de su gran imprudencia e irresponsabilidad (a la que nunca se refiere Merkel), se presentara como el resultado del despilfarro y de la deuda pública de los países donde estaban los bancos a quienes habían prestado. Los alemanes retiraron rápidamente su dinero de estos países, pero la deuda quedaba en los balances de los bancos deudores. Merkel se erigió en la defensora de los banqueros alemanes y para ayudarles puso en marcha dos estrategias. Una, los rescates, que vendieron como si estuvieran dirigidos a salvar a los países, pero que en realidad consisten en darle a los gobiernos dinero en préstamos que pagan los pueblos para traspasarlo a los bancos nacionales para que éstos se recuperen cuanto antes y paguen enseguida a los alemanes. Otra, impedir que el BCE cortase de raíz los ataques especulativos contra la deuda de la periferia para que al subir las primas de riesgo de los demás bajara el coste con que se financia Alemania.
Merkel, como Hitler, ha declarado la guerra al resto de Europa, ahora para garantizarse su espacio vital económico. Nos castiga para proteger a sus grandes empresas y bancos y también para ocultar ante su electorado la vergüenza de un modelo que ha hecho que el nivel de pobreza en su país sea el más alto de los últimos 20 años, que el 25% de sus empleados gane menos de 9,15 euros/hora, o que a la mitad de su población le corresponda, como he dicho, un miserable 1% de toda la riqueza nacional.
La tragedia es la enorme connivencia entre los intereses financieros paneuropeos que dominan a nuestros gobiernos, y que estos, en lugar de defendernos con patriotismo y dignidad, nos traicionen para actuar como meras comparsas de Merkel."
Domingo, 24 de Março de 2013
ÁLVARO DE CAMPOS - Aniversário
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui --- ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,
com mais copos,
O aparador com muitas coisas doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado---,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...
Álvaro de Campos
Segunda-feira, 18 de Março de 2013
UMA EUROPA DE LADRÕES
No resgate a Chipre acentua-se o que já se tornou norma nesta europa: os banqueiros cipriotas e o Estado não são penalizados por todas as asneiras feitas. Os accionistas desses bancos nada perdem - quem paga a conta são os depositantes! E o Estado poderá continuar a gastar de forma despesista como tem feito até agora.
E contra a Directiva que garante depósitos até 100 mil euros (que pelos visto só serve para alguns), os miseráveis dirigentes europeus que temos, impõem aos depositantes cipriotas um imposto sobre os seus depósitos! E isto, independentemente do banco onde tenham conta, quer seja bem ou mal gerido!
Este caso, não augura nada de bom para a união bancária que nos querem impor!
CHEGOU A HORA DE EQUACIONAR A SAÍDA DE PORTUGAL DESTA EUROPA
Sexta-feira, 8 de Março de 2013
Na morte de um tirano
Na morte de um tirano,
Muitos fizeram por esquecer que os petrodólares recebidos pela Venezuela deveriam ter proporcionado maior conforto ao povo e isso não aconteceu, por má aplicação dessas verbas e por corrupção;
Muitos omitiram que actualmente na Venezuela a Liberdade de Expressão é quase inexistente, tendo sido calados todos os meios de comunicação que ousavam afrontar o ditador;
Muitos fizeram de conta que desconheciam que milhares de cidadãos foram espoliados das suas empresas, por nacionalização das mesmas. E em muitos casos PME’s, como padarias ou pequenos supermercados;
Muitos calaram a existência de milhares de presos políticos, muitos deles detidos de forma arbitraria;
Muitos difundiram a propaganda oficial do regime, mas a realidade é que nos últimos catorze anos a pobreza e a insegurança aumentaram exponencialmente na Venezuela.
Tanta hipocrisia!