É este o nome do realizador da transmissão do fatídico Vitória de Guimarães-Benfica.Está de parabéns. Numa altura em que na televisão vale tudo, é de louvar o cuidado que teve com a emissão de imagens de Fehér, evitando as mais chocantes. E se a transmissão fosse da TVI, teria acontecido o mesmo?A transcrição da parte mais importante das declarações hoje ao Diário de Notícias:Ricardo Espírito Santo e a sua equipa tiveram aquilo a que noutras circunstâncias se chamaria a «sorte do momento» - o plano de Fehér estava no ar precisamente na altura em que o jogador tombou no relvado. Instantes antes, a imagem de uma vida: o último sorriso do húngaro. A partir daí, foi um desfiar de emoções. «A primeira reacção dos 'camera' foi óbvia: foi tudo à cara dele», explica, recordando «imagens horríveis» com que foi confrontado. «O primeiro pensamento que tive foi na famíla dele, talvez por me lembrar da morte do meu pai», diz. Por isso, a ordem foi imediata: «Quero toda a gente fora da cara» - ao que o DN apurou, houve várias televisões a tentar comprar à Sport TV essas imagens não transmitidas, mas esta recusou. «Fico pelo menos com essa satisfação, a 'prova' de que este clima de concorrência desenfreada não precisa de ser alimentado com a exploração gratuita da dor das pessoas», afirma o realizador, «traído» pelo seu próprio trabalho: «Gosto de antecipar problemas ao longo de uma realização, mas esta é uma situação que nunca passa pela cabeça de ninguém», resume.DN - notícia completa