Terça-feira, 27 de Abril de 2004
A LUTA CONTINUA...
Com a condecoração atribuída a Isabel do Carmo pelo Presidente da República, atinge-se a institucionalização final da campanha que ao longo do tempo levou ao branqueamento de toda uma série de assassinatos por organizações de extrema-esquerda como as FUP e PRP-BR. Que se perdoe o que aconteceu, já é difícil, mas conceder condecorações...É lamentável!E leiam estas maravilhas, do actual PRP-BR e comparem aquilo que é com o que foi - as diferenças serão muito poucas:O Partido Revolucionário do Proletariado - Bases pela Revolução (assim como o seu antecedor, o PRP-Brigadas Revolucionárias) não nasceu por acaso ou por um acto de voluntarismo dum punhado de militantes. Nasceu porque estavam (e estão) criadas as condições para que se pusessem na prática os problemas da violência revolucionária e da revolução socialista. A criação das Brigadas Revolucionárias e do PRP foi um acto de violência. Rompendo com um determinado passado, um grupo de militantes levou até ao fim da sua determinação de fazer na prática aquilo que preconizava por palavras. Este acto de concretização foi em si a verdadeira rotura. .....................................................................................................A luta frontal contra a burguesia, o confronto com o reformismo, o confronto com o conformismo, o confronto com a social-democracia, dão-nos hoje garantias de que os militantes do PRP-BR continuam a ser revolucionários e a nossa organização resguarda-se de oportunistas. Sabemos que se aproximam os dias do confronto final com a burguesia. E hoje, como no tempo da clandestinidade, a cada militante e ao Partido no todo por-se-á o problema de não iludir as questões fundamentais e de, no momento decisivo, ser capaz de dar a vida pela classe. Assumir a luta pelo triunfo do proletariado do mundo inteiro é antes de tudo, para cada um dos militantes, lutar pela Revolução Socialista aqui em Portugal. Descobrir e rebentar a base da NATO da Fonte da Telha tantas vezes quanto necessário, recomeçando sempre a luta contra o Imperialismo, combatendo a sua garra aqui, para que desapareça de todo da face da terra! Viva a sociedade comunista! ......................................................................................................PARTIDO REVOLUCIONÁRIO DO PROLETARIADOBASES PELA REVOLUÇÃOPlenário do PRP-BR Realizou-se na Marinha Grande nos dias 4 e 5 de Dezembro de 2003 um plenário de responsáveis do PRP-BR, representantes de Direcções Locais e Regionais e de Sectores, com a presença de alguns convidados. O PARTIDO1.-Foi comunicado ao Plenário de responsáveis o resultado dos trabalhos da 1ª parte do Inquérito mandado instaurar pela Direcção do Partido. Nesse resultado se espelhou o aparecimento de sabotagem anti-PRP-BR desenvolvida internamente por alguns grupos de sabotadores a mando e com ligações detectadas ao exterior, como forma de fazerem desacreditar o Partido entre os trabalhadores portugueses, e face ao que foram tomadas as medidas necessárias. Este ataque dirigido contra o PRP-BR a partir do seu próprio seio foi por nós entendido e interpretado como parte integrante de outros ataques de tipo policial e jurídico que a reacção, o Poder burguês e o próprio reformismo desencadeiam contra o Partido, o que, se reflecte a importância que assume o projecto revolucionário consubstanciado no PRP -BR, é também reflexo do agudizar das contradições do processo actual de recessão e de grave crise económica e da consequente radicalização da luta de classes em Portugal. O Plenário ratificou as decisões da Direcção sobre o assunto por maioria, com 88 votos a favor, 14 abstenções e 1 voto contra. 2.-É de salientar que os ataques desferidos contra o PRP-BR visam as duas frentes que mais preocupam o inimigo: os meios de expressão ideológica revolucionária e tudo o mais quanto possa ser supostamente encarado com ligação a questões de violência e de acção revolucionária. As medidas tomadas não constaram nem tiveram em conta uma distinção entre o velho PRP (e a sua separação orgânica das Brigadas Revolucionárias) e a refundação do novo PRP-Bases pela Revolução, nelas se encontra a explicação para o insucesso da investida neste terreno contra o PRP-BR que, e desde então, ainda não prosseguiu no trabalho político de massas normal em qualquer partido revolucionário. 3.-Este ataque e outros como o aparecimento dos mesmos boatos em locais muito bem definidos e as provocações baseadas em informação tratada revelam bem que por detrás das pessoas directamente intervenientes no ataque ao PRP-BR esteve, ou estará uma ou várias polícias políticas devidamente organizadas. 4.-O Plenário, consciente de que o objectivo visado pelo inimigo é a destruição do PRP-BR e das formas mais avançadas de organização do proletariado, e analisando friamente a situação política actual e a sua evolução, considerou a impossibilidade dessa mesma destruição, na medida em que, em condições bem mais favoráveis ao inimigo, o todo poderoso aparelho fascista de antes do 25 de Abril foi incapaz de o conseguir. Este refundado Partido já viveu na clandestinidade e encontrou sempre formas de luta contra o inimigo, que abandonou quando o 25 de Abril permitiu a sua legalização. O avanço do inimigo para uma repressão que se aproxima de formas fascistas violentas, aproximar-nos-á também das anteriores formas de luta. A clandestinização tem duas faces tanto para nós como para o inimigo de classe: perde-se a possibilidade de actuação legal como se exige a um Estado de direito democrático, e ganha-se a possibilidade de intervenção e de defesa. Nós não queremos ser uma esquerda marginal. Esperemos que não se chegue a tal, contudo o Partido sempre esteve disposto a pôr o seu destino nas mãos dos trabalhadores portugueses. A SITUAÇÃO POLÍTICA E TÁCTICA 5.-Foram analisadas as consequências orgânicas do envolvimento do PRP-BR nas lutas dos trabalhadores ( manifestações, greves, piquetes, ocupações ) e comparado o nosso projecto Unitário, de organização para a Unidade Revolucionária da Esquerda e para o Confronto com a Burguesia, com o projecto de outras organizações que desse trabalho Unitário, apenas esperam retirar o reforço do seu partido. E foi ainda analisado pelo Partido que no processo de agudização das lutas de classes e de crise acelerada em que se vive há necessidade duma clarificação orgânica e é por isso necessário fazer as rupturas que se imponham deixando no caminho todos os indivíduos ou organizações que efectivamente não optaram pela Revolução Socialista. 6.-Analisaram-se os vários dados que demonstram o avanço das forças de direita dentro da sociedade portuguesa em geral, que, nos últimos meses e particularmente após essa derrocada do PS e a vitória eleitoral do PSD e PP, atingiu um tom provocatório da parte dos líderes da direita no Poder, o que pressupõe que há uma corrida acelerada da direita para a efectivação de se perpetuarem no Poder como lacaios do Imperialismo, ou de um golpe fascista. Mas simultaneamente , observa-se muita agitação nas ruas , e inclusive alguma reacção nos quartéis militares e policiais contra o avanço da política da Direita. E para além desta reacção generalizada nos quartéis existe um sentimento anti-fascista entre os oficiais e soldados, que atinge zonas e sectores que há algum tempo atrás ainda combatiam a Esquerda e que hoje reconhecem o perigo dos fascismo. Esta corrente anti-fascista encontra a sua expressão nalguns oficiais, que hoje se vêem obrigados a lutar e enfrentar a extrema direita no governo. Estes dados levam-nos a concluir da necessidade e viabilidade de uma larga frente anti-fascista. Para que o proletariado possa conduzir o processo, é necessário que encontre formas de organização revolucionária para a Tomada do Poder, as quais têm de abarcar não só a classe operária das zonas mais avançadas da luta, mas também as massas operárias mais desfavorecidas. Ter-se-á também que encontrar outras formas de organização para o campesinato pobre, aliado imprescindível do proletariado, bem como um programa por de mais revolucionário que, unificando estas forças, abra uma alternativa revolucionária viável ao Poder actual. 7.-A análise das lutas concretas dos trabalhadores (e que no passado atingiram relevo especial nas zonas da Reforma Agrária, e em sectores como os têxteis, construção civil, e naval, etc.), levam o PRP-BR a salientar a necessidade de uma prespectivação política e orgânica revolucionária dessas lutas capaz de permitirem às classes trabalhadoras a passagem da defensiva à ofensiva. Salientou o Plenário o significado do ataque exterminador à Reforma Agrária através do qual a reação procura minar e penetrar em zonas onde a esquerda tem forte implantação aproveitando-se para isso das falhas de organização e de prespectivas de que é máximo responsável o reformismo. O B.E.8.-A degenerescência do processo do Bloco de Esquerda e que culminaria no desvio dos seus partidos integrantes à social democracia, levou o PRP-BR a não aceitar integrar-se nele. Porque, e primeiro que tudo: o B.E. ao entrar no jogo burguês, recusou, traiu na prática, as mudanças radicais que se impunham fazer na sociedade em Portugal. Deixou de ser uma alternativa revolucionária dos trabalhadores, passando agora a ser apenas, um apêndice ou um grupo satélite do PS (com quem aliás tem tentado uma colagem eleitoralista) e do reformismo (do PCP). Sendo o BE maioritariamente constituído por jovens, colarinhos brancos e intelectuais, que estão ligados a certos sectores marginais e preconceituosos da sociedade portuguesa, deixaram de acreditar nos interesses e nas conquistas da grande maioria da nossa população, ou seja:dos trabalhadores porugueses. E assim o seu desvio à direita, levou-os apenas a empenharem-se e interessarem-se pela defesa dos interesses de certas minorias sociais existentes na sociedade portuguesa, e de facto, renunciando deste modo à luta dos trabalhadores portugueses. 9.-O PRP-BR reafirma a necessidade de aprofundar e desenvolver o processo unitário consubstanciado numa nova Frente de Unidade Revolucionária a partir de dissidências do BE onde tal trabalho é possível e desejado, quer criando-se uma Frente Ampla de Esquerda em Portugal numa perspectiva revolucionária, quer viabilizando o nosso novo projecto revolucionário que assenta na clarificação da situação política portuguesa e na radicalização da luta de classes, exigindo uma cada vez maior ligação às lutas concretas dos trabalhadores dentro duma perspectiva fundamentalmente estratégica da Tomada do Poder pelas classes Trabalhadoras, e um aprofundamento do debate ideológico e o seu empenhamento militante que a disciplina revolucionária impõe. 10.-A perspectiva da criação de uma nova Frente de Unidade Revolucionária não pode deixar de considerar a necessidade da conjugação orgânica e política das 4 componentes julgadas fundamentais para um processo insurreicional vitorioso. Essas 4 componentes (os partidos revolucionários, a FUR, as Organizações Populares de Base e as Comissões de Trabalhadores, e finalmente os militares revolucionários dentro das Forças Armadas) não são uma invenção subjectiva do PRP-BR, são a realidade que é preciso transformar revolucionarmente. 11.-O Plenário também aprovou por unanimidade uma data definitiva para a realização do próximo Congresso do Partido. Assim, este terá lugar em Julho de 2004, quaisquer que sejam os condicionalismos políticos da altura, e de acordo com estes. Este comunicado foi aprovado por todos os responsáveis presentes no plenário, e com apenas 1 abstenção e nenhum voto contra.

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publicado por João Carvalho Fernandes às 19:07
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De João Carvalho Fernandes a 30 de Abril de 2004 às 09:03
Uma coisa é achar que há lugar para todos os democratas, sejam de esquerda ou de direita, outra completamente diferente é ter condescendência para com os que defendem ou aplicam actos de terrorismo em plena democracia!


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