A LIVRE CIRCULAÇÃO DE PESSOAS EM ESPANHA....
Sem mais comentários, perfeitamente desnecessários face ao acontecido, reproduzo comunicado que me chegou:
Grupo dos Amigos de OlivençaNota Informativa 12-2004 Ontem, na ocasião em que uma etapa da «Vuelta» ciclista a Espanha se iniciava em Olivença acontecimento significativo atendendo a que a prova se inibira de passar pelo País Basco, Catalunha e Galiza... uma delegação do Grupo dos Amigos de Olivença compareceu ali, distribuindo uma «Saudação» à caravana e ao povo oliventino e assinalando a situação anómala do território que opõe os dois Estados peninsulares.No caso, as autoridades policiais espanholas entenderam actuar de modo agreste e intimidativo, coarctando a liberdade de movimentos de cidadãos pacíficos e desconsiderando e hostilizando as bandeiras nacionais portuguesas que aqueles, como é habitual em manifestações públicas e desportivos, exibiam.À entrado do território oliventino, a Guardia Civil identificou os membros da delegação e jornalistas que os acompanhavam, revistando minuciosamente os veículos e, já na localidade, contingentes daquela força e das polícias Nacional e Municipal, impediram o contacto dos representantes do GAO com a população oliventina, proibindo-lhes a distribuição da «Saudação» e a exibição das bandeiras portuguesas e, com palavras obscenas e gestos ameaçadores, invectivaram-nos, acabando mesmo por lhes retirar algumas bandeiras que amarrotaram. Os representantes do GAO, nas circunstâncias descritas, limitaram-se a sustentar os seus direitos de pessoas livres e pacíficas, cidadãos portugueses e europeus. A iniciativa do GAO, simples e normal exercício dos direitos de livre expressão, tem de ser recebida com naturalidade numa sociedade aberta e democrática, designadamente num país integrante da União Europeia. Aliás, mal seria que, no espaço da União Europeia, logo em Olivença se pretendesse impedir a presença e exibição públicas da Bandeira Portuguesa. Seria conveniente que as autoridades espanholas, designadamente as estremenhas, compreendessem que actuações como as descritas porventura resquícios de épocas mais «imperiais» não se coadunam com as relações de boa-vizinhança, diálogo e aliança hoje existentes entre Portugal e Espanha. Sendo certo que esta organização não pretende provocar ou dar azo a qualquer «mal-entendido» com as autoridades do país vizinho, também é certo e reafirma-se que não admitirá qualquer limitação ou compressão ilegítimas no exercício dos seus direitos, muito menos se intimidará no que toca aos seus contactos e presença em Olivença, território sob administração espanhola não reconhecida pelo Estado português.Lisboa, 22-09-2004.A Direcção