Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2005
NÃO AOS SUBSÍDIOS ÀS EMPRESAS - SIM À DIMINUIÇÃO DE IMPOSTOS
Mais uma vez se prova que a maioria dos subsídios às empresas só servem para enriquecer os seus donos - o impacto positivo para a economia nacional ou para os trabalhadores é nulo!Por isso, é urgente acabar com esses subsídios e canalizar esse dinheiro para descidas dos impostos, quer a nível de IRC quer de IRS.Chamo a vossa atenção em especial para as declarações do "empresário" espertinho, depois de ter embolsado alguns milhares dos impostos que pagamos...E com um governo que gastou 250 milhões de euros em consultadoria e pareceres é no mínimo estranho que não tenha sido acautelada a hipótese de devolução do dinheiro num caso como o que ocorreu.Notícia da revista Sábado da semana passada:Laboratório vendido após receber 4 milhões do GovernoSete meses depois de Durão ter entregue o dinheiro para constituição de uma "parceria estratégica", o empresário negociou a empresa com alemães.Menos de um ano após ter recebido do governo de Durão Barroso um subsídio de cerca de 4 milhões de euros para se constituir como "parceiro estratégico" na área da indústria farmacêutica, o laboratório Labesfal acaba de ser vendido por uma soma superior a 100 milhões de euros a uma multinacional alemã, a Fresenius Kabi.Esta venda está a agitar o mercado farmacêutico, uma vez que os argumentos invocados pelo governo na resolução do Conselho de Ministros que aprova o contrato de investimento celebrado entre o Estado português e a Labesfal passam, em boa parte, pelo facto de se tratar de uma empresa nacional e pelo reforço do seu peso e capacidade de investigação na área farmacológica.Ao acordo celebrado com a empresa foi dada tal importância que o próprio Presidente da República, Jorge Sampaio, marcou presença, em Julho de 2004, na inauguração das novas instalações da instituição, situadas em Tondela.Contactado pela SÁBADO, Joaquim Coimbra não considera que este negócio levante questões de carácter ético na sua relação com os dinheiros do Estado. "Porque é que hei-de ser criticado? O que aconteceu foi que eu fiz os dois melhores negócios do ano na indústria farmacêutica", sublinha.O empresário não atribui especial importância ao facto de, somente meio ano depois de ter recebido o dinheiro estatal, acabar por vender a empresa de que era dono há dezenas de anos. (.......)