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SIC online277 pirómanos detidos em Espanha Já arderam este ano 95 mil hectares, um número que ainda não ultrapassou o de 2004 (104 mil)
Duzentas e setenta e sete pessoas foram já detidas este ano em Espanha por provocarem incêndios florestais, numa altura em que o último balanço regista mais de 3.400 fogos no país desde o princípio do ano. Dados disponíveis indicam que o número de detenções de suspeitos de piromania detidos nos primeiros sete meses do ano é já superior ao total de detenções efectuadas em 2004, 217. Até agora, os incêndios florestais destruíram 95 mil hectares, bastante mais do que a média dos últimos 10 anos, mas ainda inferior aos valores registados em 2004, quando foram reduzidos a cinzas mais de 104 mil hectares. O maior número de detenções de suspeitos ocorreu na Andaluzia (89 pessoas), seguido da Galiza (70) e Castela e Leão (26). Dados do Serviço de Protecção da Natureza (SEPRONA) da Guarda Civil espanhola mostram que, dos 3.415 incêndios registados, 504 terão tido origem "fortuita", 922 foram causados por negligência e 238 foram intencionais. Entre as motivações dos incêndios intencionais a SEPRONA refere a piromania, acções de vingança, conflitos cinegéticos, criadores de gado, especuladores imobiliários e, até, tentativas de "afugentar animais". Os incêndios causaram já este ano em Espanha a morte de 15 pessoas, 11 das quais bombeiros (num incêndio em Julho). Cerca de 30 focos de incêndio, estão activos em todo o país. A situação que suscita maior preocupação regista-se na Galiza onde há 22 focos activos, sete dos quais de alerta máximo.------------------------------------------------------------------Via:
TVI PJ já deteve 108 suspeitos de fogo postoApenas 26 suspeitos ficaram em prisão preventiva. Restantes aguardam julgamento cá fora.Imagens de destruição e desgraça provocam fascínio a muitas pessoas. Há quem goste de ver as florestas a arderem ou os bombeiros a actuarem. Há quem ateie as chamas movido por interesses ou vinganças. Só este ano, 108 pessoas foram detidas pela Polícia Judiciária (PJ), suspeitas de crime de fogo posto. Um terço dos detidos (38) foi capturado no mês de Agosto. É um recorde. São mais 20 capturas que no ano passado e mais 10 que em 2003. O problema é que dos 108 suspeitos, apenas 26 ficaram em prisão preventiva. Os restantes aguardam julgamento, mas cá fora, estando apenas obrigados a apresentações periódicas às autoridades. De acordo com o «Diário de Notícias», estas medidas de coação provocam estranheza aos investigadores da PJ, principalmente porque a realidade confirma que quem provoca fogos tende a repetir a prática e os incêndios provocam alarme social. Maior estranheza surge quando há casos em que os suspeitos detidos confessam o crime e, mesmo assim, ficam apenas com termo de identidade e residência. É o caso de um jovem de 23 anos de Figueiró dos Vinhos. Os números podem, no entanto, não ficar por aqui. Novos incêndios surgem a cada hora que passa. Consomem florestas, casas e fazem perder vidas. No terreno, prosseguem os trabalhos da PJ em busca de práticas criminosas.