Para Henrique Neto, ser insultado por um pulha como Santos Silva só pode ser motivo de regojizo - o PS das negociatas ficou logo aflito!
Com a devida vénia ao Observador:
Augusto Santos Silva chama "bobo" a Henrique Neto e lamenta "dispersão de votos à esquerda". Candidatura apanhou de supresa direção de António Costa. "É um Beppe Grillo", diz Lello.
Apanhados de surpresa pela candidatura de Henrique Neto, os socialistas reagem com preocupação à possível proliferação de candidatos presidenciais à esquerda, enquanto o candidato mais esperado, António Guterres, não se decide e deixa em suspenso o PS. O secretário-geral António Costa não sabia de nada, também foi apanhado de surpresa, sabe o Observador. Na quarta-feira, dia em que Henrique Neto apresenta a candidatura no Padrão dos Descobrimentos, Costa está no Vaticano, onde vai ser recebido pelo Papa.
Augusto Santos Silva reagiu de uma forma muito crítica. Pondo a candidatura presidencial de Henrique Neto e a candidatura às legislativas de Joana Amaral Dias no mesmo saco, classificou-os de “bobos” e de apenas quererem “15 minutinhos de fama”, alertando para “a enorme dispersão de votos à esquerda”.
“Tenho muito que trabalhar hoje, escusava o destino de me lembrar que continuo sem candidato presidencial, que corro o risco de brindar a direita com uma enorme dispersão de votos à esquerda e que, sempre que os responsáveis se resguardam, os bobos ocupam a cena”, escreveu.
Segundo este ex-ministro de Sócrates, há “dois problemas bicudos pela frente: falta ao centro-esquerda um candidato presidencial forte e mobilizador de toda a sua base eleitoral, e não apenas de uma sua franja, por mais vocal que ela seja; e a restante esquerda embarcou numa alegre grupuscularização sem fim à vista”.
“É isto que sucede quando as pessoas capazes se fecham em copas e os eleitores dão sinais de imoderação: surgem logo todos quantos aproveitam qualquer oportunidade para quinze minutinhos de fama”, acrescentou.
Esta análise mereceu o apoio de vários socialistas no Facebook, um deles é a ex-secretária de Estado da Modernização Administrativa de Sócrates, Maria Manuel Leitão Marques. Contactada pelo Observador, a socialista disse concordar com as palavras de Santos Silva, mas não quis acrescentar mais nenhum comentário. Um outro ex-governante de Sócrates questiona em declarações ao Observador a “credibilidade” de Henrique Neto. “Desconfio logo dessas pessoas que dizem que vêm dos bons costumes”, afirmou.
O socrático José Lello também reagiu com veemência no Facebook: “Henrique Neto candidato à Presidência? O Beppe Grillo português! Como se vota contra, afirmativamente?…”
“É uma candidatura manifestamente extemporânea. Não me parece que tenha hipóteses de discutir as presidenciais nem vai colher o apoio do partido. O próprio fez questão de avançar sem procurar consultar o PS”, sublinha o deputado Filipe Neto Brandão. Sérgio Sousa Pinto, próximo de António Costa, fugiu ao assunto. “Não falo sobre isso”, limitou-se a responder ao Observador.
O ex-secretário de Estado do Comércio de Sócrates, Fernando Serrasqueiro, por seu lado, não acredita na concretização desta candidatura. “Acho que isto é uma manifestação de interesse para abrir espaço noticioso, um espaço onde ele gosta de se movimentar”, afirmou ao Observador, acrescentando ter dúvidas que a candidatura avance e consiga reunir assinaturas. De qualquer modo: “Nele não votarei independentemente de que sejam os outros candidatos. Não tem condições para ser um candidato para servir Portugal”.
Francisco Seixas da Costa, ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus num Governo, gostou do avanço de Henrique Neto, por considerar ter tido uma atitude “corajosa e nobre” e deseja-lhe “um valente combate”, embora deixe claro que não será apoiante desta candidatura.
“Com 78 anos, um passado digno de anti-fascista, “self-made man”, industrial, homem de palavra frontal, Henrique Neto não é um homem “fácil”. Tem ideias próprias, diz sempre o que pensa e di-lo com palavras fortes, às vezes ácidas. No seio do Partido Socialista, ao olhar para as últimas décadas, verifica-se que quase sempre foi uma figura incómoda, incontrolável, crítica”, escreveu no Facebook. “Deixo daqui um sincero abraço de simpatia pessoal a Henrique Neto, pessoa que me merece respeito, com quem tenho trocado impressões esparsas e francas, ao longo destes anos. Um respeito que é agora reforçado pela coragem que teve para entrar nesta aventura, a qual nem por ser impossível deixa de ser nobre. Estarei algures, mas só lhe posso desejar um valente combate”, acrescenta.
Que vai ter como alternativa à esquerda um fala barato aldrabão (que em Lisboa oculta as contas e mostra bastas vezes a sua incompetência) ou eventualmente um mole que só age quando extremamente apertado (já se devia ter desmarcado do Sócrates há 3 anos).
Nunca como nestas eleições europeias houve condições para a eleição de deputados de centro-direita que não acreditam nesta Europa, nem no federalismo, mas sim numa Europa de Nações.
No entanto, colocando tricas e interesses pessoais acima do interesse nacional e da sua defesa no Parlamento Europeu, PPM, PND, MPT, PPV e PDA, em vez de se juntarem tentando aglutinar o maior número de independentes e de descontentes com o rumo seguido, preparam-se para apresentar cada um a sua lista, condenando à partida qualquer hipótese de uma voz portuguesa diferente do “status quo” na Europa.
É muito triste, mas condiz com a mentalidade provinciana prevalente em Portugal!
O facto de alguns estrangeiros constatarem que se o Tribunal Constitucional chumbar algumas medidas do orçamento, estamos lixados, tem sido alvo de grande controvérsia e escândalo por parte de alguns.
Talvez devessem ter pensado nisso antes de esbanjar dinheiro de forma irresponsável e fomentando a corrupção.
E se pensam assim, nunca deveriam ter aceite a seguinte frase do memorando que subscreveram com a troika: "Se os objectivos não forem cumpridos ou for expectável o seu não cumprimento, serão adoptadas medidas adicionais."
Agora é tarde para se queixarem!
O candidato da coligação “Plataforma de Cidadania” à Câmara de Lisboa, Nuno Correia da Silva, desafiou hoje os outros candidatos à capital a pronunciarem-se sobre os contratos ‘swap’ firmados pelo Metropolitano e pela Carris
“Desafio todos os candidatos à Câmara de Lisboa a manifestarem a sua opinião acerca dos ‘swap’ contratualizados pelo Metro de Lisboa e pela Carris. Além de serem ruinosos, são nulos, pois os seus gestores não tinham competências para fazer este tipo de contratos”, disse à agência Lusa Nuno Correia da Silva, que encabeça a lista do movimento que junta os partidos Popular Monárquico (PPM), Portugal Pró Vida (PPV) e Nova Democracia (PND).
O candidato da “Plataforma de Cidadania” acrescentou, durante uma ação de campanha junto à estação do metro de Telheiras, que a empresa negociou contratos ‘swap’ no valor “irracional de 1.500 milhões de euros”, enquanto a Carris “firmou contratos de 100 milhões de euros”.
Para Nuno Correia da Silva, os ‘swap’ contratualizados pelas duas empresas de transportes públicos de Lisboa “serviram para satisfazer interesses estranhos e não as pessoas”. Apesar de surgirem notícias sobre a alegada destruição de documentação relativa a este assunto, o candidato pede para que “sejam apuradas responsabilidades”.
Nuno Correia da Silva defendeu ainda a “municipalização” do Metropolitano de Lisboa e da Carris, considerando que a gestão das duas empresas devia passar para a alçada da câmara lisboeta.
Em relação aos resultados e às expectativas para as eleições autárquicas de 29 de setembro, o cabeça de lista espera eleger elementos “em todas as assembleias municipais e freguesias”.
O candidato disse ainda ter “fortes esperanças” de que o movimento “ganhe as freguesias de Arroios e Belém”.
Valha-nos a Troika para limitar as negociatas, que nesta remodelação quem o tentava fazer foi posto a andar. E substituído por indivíduos capazes de vender a mãe por um cêntimo!
QUADRO DE HONRA