Quarta-feira, 5 de Outubro de 2016
DUAS EXCELENTES ENTREVISTAS
Duas excelentes entrevistas no passado fim de semana.

A primeira, no Jornal i de sexta (edição fim de semana) a João César das Neves, a propósito da publicação do livro "A economia de Francisco". A segunda, no SOL de sábado, a Frederico Lourenço, pelo primeiro volume da tradução que está a realizar da Bíblia.
Em ambos os casos os jornalistas mostraram estar dentro dos assuntos e terem-se preparado muito bem. Os meus parabéns ao Nuno Ramos de Almeida e ao José Cabrita Saraiva. É um prazer ler trabalhos deste quilate.
Entrevista de Nuno Ramos de Almeida a João César das Neves
A entrevista ao Frederico Lourenço não tem link.
Segunda-feira, 4 de Julho de 2016
O TEU ROSTO SERÁ O ÚLTIMO - JOÃO RICARDO PEDRO

"Por isso, enquanto for novo e dinheiro não me faltar, adeusinho, ó pátria lusa mais as estrofes de Camões, que só um país miserável tem um poeta zarolho como herói nacional."
"E quando me apareciam aqui com ovelhas doentes? Ó doutor, veja-me lá esta ovelha, que lhe deu a malina. Traga-a cá. Dê-lhe isto. Ao almoço e ao jantar. Se não melhorar, volte cá para a semana. E eu a preencher fichas médicas com nomes de ovelhas e vacas e cães. Havias de ver como isto era, pergunta à tua avó."
"Até que, um dia, Duarte perguntou: «Pai, quem é que foi o Salazar?» O pai respondeu sem hesitações: «Foi um defesa esquerdo do Belenenses.»"
Quinta-feira, 1 de Março de 2012
A NOSSA CRISE MENTAL - FERNANDO PESSOA

Via:
CITADORQue pensa da nossa crise? Dos seus aspectos político, moral e intelectual? A nossa crise provém, essencialmente, do excesso de civilização dos incivilizáveis. Esta frase, como todas que envolvem uma contradição, não envolve contradição nenhuma. Eu explico. Todo o povo se compõe de uma aristocracia e de ele mesmo. Como o povo é um, esta aristocracia e este ele mesmo têm uma substância idêntica; manifestam-se, porém, diferentemente. A aristocracia manifesta-se como indivíduos, incluindo alguns indivíduos amadores; o povo revela-se como todo ele um indivíduo só. Só colectivamente é que o povo não é colectivo. O povo português é, essencialmente, cosmopolita. Nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo. Ora ser tudo em um indivíduo é ser tudo; ser tudo em uma colectividade é cada um dos indivíduos não ser nada. Quando a atmosfera da civilização é cosmopolita, como na Renascença, o português pode ser português, pode portanto ser indivíduo, pode portanto ter aristocracia. Quando a atmosfera da civilização não é cosmopolita como no tempo entre o fim da Renascença e o princípio, em que estamos, de uma Renascença nova o português deixa de poder respirar individualmente. Passa a ser só português. Passa a não poder ter aristocracia. Passa a não passar. (Garanto-lhe que estas frases têm uma matemática íntima). Ora um povo sem aristocracia não pode ser civilizado. A civilização, porém, não perdoa. Por isso esse povo civiliza-se com o que pode arranjar, que é o seu conjunto. E como o seu conjunto é individualmente nada, passa a ser tradicionalista e a imitar o estrangeiro, que são as duas maneiras de não ser nada. É claro que o português, com a sua tendência para ser tudo, forçosamente havia de ser nada de todas as maneiras possíveis. Foi neste vácuo de si-próprio que o português abusou de civilizar-se. Está nisto, como lhe disse, a essência da nossa crise. As nossas crises particulares procedem desta crise geral. A nossa crise política é o sermos governados por uma maioria que não há. A nossa crise moral é que desde 1580 fim da Renascença em nós e de nós na Renascença deixou de haver indivíduos em Portugal para haver só portugueses. Por isso mesmo acabaram os portugueses nessa ocasião. Foi então que começou o português à antiga portuguesa, que é mais moderno que o português e é o resultado de estarem interrompidos os portugueses. A nossa crise intelectual é simplesmente o não termos consciência disto. Respondi, creio, à sua pergunta. Se V. reparar bem para o que lhe disse, verá que tem um sentido. Qual, não me compete a mim dizer. Fernando Pessoa, in 'Portugal entre Passado e Futuro'
Sábado, 18 de Fevereiro de 2012
BIBLIOTECA DO CONVENTO DE MAFRA

O maior tesouro de Mafra é a sua biblioteca, com chão em mármore, estantes em estilo rococó e uma coleção de mais de 36.000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro,graças à acção da Ordem Franciscana, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões. Abrange áreas de estudo tão diversa como a medicina,farmácia,história,geografia e viagens,filosofia e teologia,direito canónico e direito civil,matemática,história natural,sermonária e literatura.

Situada ao fundo do segundo piso é a estrela do palácio, rivalizando em grandiosidade com a Biblioteca da Abadia de Melk, na Áustria. Construida por Manuel Caetano de Sousa, tem 88 m de comprimento, 9.5 de largura e 13 de altura. O magnífico pavimento é revestido de mármore rosa, cinzento e branco.

As estantes de madeira estilo rococó, situadas em duas filas laterais, separadas por um varandim contêm milhares de volumes encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento ocidental dos séculos XIV ao XIX. Entre eles muitas jóias bibliográficas, como incunábulos. Estes volumes magníficos foram encadernados na oficina local, também por Manuel Caetano de Sousa.

(TEXTO:
WIKIPÉDIA)
Sexta-feira, 4 de Junho de 2010
ESPELHO ÍNTIMO em 1º do top BARATA - Av. Roma

Merecidamente, a recente obra de
Torquato da Luz, está em primeiro lugar no top de vendas da Livraria Barata - Avenida de Roma, 11-A, Lisboa
Quarta-feira, 26 de Maio de 2010
APRESENTAÇÃO DO LIVRO ESPELHO ÍNTIMO DE TORQUATO DA LUZ

Foi hoje apresentado em Lisboa o novo livro do poeta e jornalista Torquato da Luz: "
Espelho Íntimo". Publicado pela nóvel editora
o cão que lê, em cuidada edição, coube a Inês Ramos a declamação de alguns dos poemas que o constituem dos quais destaco os dois que reproduzo.
ESTE PAÍSEsta ideia de não valer a pena,esta dúvida antiga e permanente,esta raiva que insiste em ser presente,este ar pesado que tudo envenenaEste agitado mar que não serena,esta fria manhã, outrora quente,esta lâmina fina e persistente,esta dor que deixou de ser pequenaEste grito que nunca mais desata,este nó apertado na garganta,esta fome que é tanta, tanta, tanta,este país amado que me mata.A apresentação esteve a cargo de João Gonçalves, do blogue
PORTUGAL DOS PEQUENINOS, que esteve igual a si próprio, polémico e sem papas na língua. Destacou a faceta de jornalista do autor, lamentando por um lado que Torquato da Luz já não "exerça" e por outro lado que já não existam jornalistas como ele, capazes de opinar e não apenas reprodutores de trivialidades. Criticou também o "meio" literário e poético português, constituído por meia dúzia de indivíduos que se protegem uns aos outros tecendo mutuamente loas, à vez...
POR ORAPor ora ainda é possível desenharas letras da palavra liberdadee uma a uma afixá-las no lugarmais alto e arejado da cidade.Por ora ainda é possível agitaruma bandeira, desfraldar um grito,como quem se debruça sobre o mare olha da varanda o infinito.Por ora ainda é possível perseguiro dia que algum dia há-de chegar.Por ora ainda é possível resistir.Por ora ainda nos deixam respirar.Parabéns caro
Torquato por mais esta magnífica obra e por não esquecer os amigos, como o nosso Jorge, que recordou em breve conversa que teve comigo. Felicidades!
Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008
O AUTOR DE: Uma mentira repetida muitas vezes passa a ser verdade.
No seguimento de um desafio que lhe coloquei, o meu (reencontrado) amigo A. Teixeira, escreveu um belo texto cuja leitura recomendo:
Assim, dos quatro suspeitos que ele me apontou (por ordem alfabética: Goebbels, Hitler, Lenine e Mao), qual Comissário Maigret de cachimbo nos queixos, justificando as fumaças, vou procurar, pelo que conheço dos retratos psicológicos dos suspeitos, justificar porque elegi um deles para suspeito principal desta investigação.E sem querer transformar este assunto em mais uma daquelas cadeias da blogosfera, convido o
João Tunes a dizer de sua justiça sobre este mesmo tema!
Terça-feira, 27 de Maio de 2008
IN MEMORIAM - ALFREDO SARAMAGO
Devido a vida um pouco complicada nos últimos dias, só hoje tomei conhecimento do infausto falecimento de Alfredo Saramago.

Gastrónomo, historiador, contador de estórias, apreciador de charutos, aficionado, apreciador de bons vinhos, um verdadeiro epicuriano (e director da revista Epicur), é uma perda de vulto para a cultura nacional!
Sexta-feira, 2 de Maio de 2008
RUI COSTA PINTO EDIÇÕES
Uma nova editora do jornalista Rui Costa Pinto, que arranca com a edição de e-books:
Rui Costa Pinto Edições
Terça-feira, 15 de Abril de 2008
OFICIO DIÁRIO

Exposição de pintura, de
Torquato da Luz, na Junta de Freguesia de S. João de Brito, em Lisboa.Inauguração no dia 22 de Abril, pelas 19 horas.R. Conde Arnoso, 5 B